segunda-feira, 28 de outubro de 2019

A baiana que sempre amou a sua mãe


Ivaneide Miranda dos Santos parece uma moça aos 87 anos. Baiana, de Jacobina, veio para São Paulo com 20 e poucos anos. Ela, junto com seus dois irmãos foi criada pela mãe - o pai não prestava. Então, Ivaneide viu dobrar o amor que sentia pela mãe. E sente. Quando fala da sua mãe Maria Lídia não poupa elogios: - Minha mãe era muito trabalhadeira. Lembro dela roçando feijão, roçando milho, criando três filhos, guerreira, honesta, educada. Costurava, bordava, lavava pra fora. Aqui em São Paulo foi trabalhar como tecelã. Afinal sua mãe a ensinou a costurar e a bordar. Durante 10 anos, foi tecelã de veludo cotelê. A firma ficava perto da casa que a família alugou no bairro do Ipiranga. Largou o trabalho quando teve o seu segundo filho. E por falar no segundo filho, vale a pena voltar no tempo e contar que um dia conheceu o André, com quem casou e teve cinco filhos. Adivinha onde nasceu o André? Na Bahia que nem ela. Os olhos verde-azulados de Ivaneide ela garante que são de sua avó italiana que, na Bahia, se apaixonou por seu avô. Seus quatro filhos - sua única filha faleceu - costumam visitá-la e trazem os netos e até os quatro ou cinco bisnetos para alegrá-la. Assim, ela passa os dias falando com todos e mostrando a enorme paixão pela sua mãe.

Autora: Raquel Budow
Idoso: Ivaneide Miranda dos Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário