terça-feira, 18 de agosto de 2015

Joãozinho Malazarte



A história que vamos compartilhar agora é apenas uma das inúmeras passagens e travessuras de infância de um grande amigo, companheiro e também paciente nosso: João Malazarte.

“Era uma vez um menino muito, mas muito arteiro, chamado João, nascido e criado numa cidadezinha do interior de São Paulo.
O prazer de João era mesmo o de aprontar, ficava a todo momento matutando uma nova arte que pudesse diverti-lo e ocupasse seu tempo. Suas brincadeiras, que ele imaginava pura alegria, nem sempre eram assim! João usava a imaginação e a criatividade para, como se dizia antigamente, “reinar”, acrescentado às vezes uma pitadinha de maldade infantil. Entre todas as brincadeiras e até brinquedos inventados por ele, o carrinho de boi de madeira, feito com rodas de cabaça, era seu favorito. Adorava também brincar com os gatinhos, passava horas brincando. Mas estava sempre tentando inventar, ir além porque afinal, na sua infância, não se tinha tantos recursos como nos dias de hoje. Então, ele pensava, o negócio era improvisar. E sobrava para os pobres dos gatinhos, porque era com eles que João pintava e bordava...


Foi aí que se deu o estalo na cabeça do nosso João. Ele pensou: vou unir o útil com o agradável! Pegou o carrinho de boi, encheu de espigas e sabugos de milho, e amarrou no pescoço do gatinho que ele mais gostava. Chamava o gatinho para andar e o bichano, muito esperto, dava uns dois passinhos para depois se deitar, preguiçoso. E João chamava e chamava e nada do gatinho se mexer, ficava deitadinho no sol, com cara de...paisagem! Até que um belo dia, o gatinho lá, no sol, no fundo do quintal, preguiçoso, com o carrinho de boi amarrado no pescoço, João tentando e tentando chamá-lo e ele fazendo seu melhor “não estou nem aí”, quando de repente aparece o cachorro do vizinho, com tudo, correndo, louco pra pegar o gatinho. Nosso bichano, muito ladino e rápido, deixou a preguiça de lado e tratou de correr e subir na árvore, com carrinho de boi, espigas, sabugos e tudo.Só desceu da árvore quando o cachorro cansou e foi embora. João não se aguentava de tanto rir, às custas do desespero do pobre do gatinho. As espigas e sabugos ficaram espalhadas pelo chão.... Não era à toa o apelido do nosso herói, Joãozinho Malazarte.


Tempo bom aquele de infância que deixou e deixa, ainda entre nós, a alma de um menino arteiro e criativo que já anunciava o grande homem que iria se tornar.Porque até hoje nosso João nos surpreende com seu espírito indomável e travesso de menino! ”

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