Era uma vez, em uma terra ensolarada, uma menina chamada Claudette. Ela morava no Egito, um lugar onde o sol brilhava forte e as areias douradas se estendiam até onde os olhos podiam ver. Claudette adorava ouvir seu pai tocar violão e cantar enquanto sua mãe descansava. Também gostava dos presentes que ele trazia, como a bolsa branca e vermelha que ganhou quando tinha apenas 5 anos e ainda guardava com carinho. Esses momentos simples a faziam se sentir feliz e cheia de amor.
Um dia, a vida dela mudou completamente. "Vamos nos mudar para o Brasil," disse seu pai. Claudette, que tinha apenas 14 anos, ficou em silêncio por um momento, absorvendo a notícia. "Pai, o Brasil é longe? - Claudette perguntou, preocupada. Era um país diferente, com paisagens, comidas e até uma língua que ela não conhecia.
Seu pai, com um sorriso tranquilo, respondeu: " Sim, minha filha, é bem longe. Vamos cruzar o oceano. Mas, quem sabe, você não descobre coisas incríveis por lá?
Claudette ficou pensativa, mas as palavras do pai lhe deram coragem. A viagem foi longa! Eles embarcaram em um navio pequeno, e Claudette ficou cada vez mais curiosa com os lugares que ia conhecendo ao longo do caminho. "Finalmente chegamos!" – disse sua mãe, com um suspiro de alívio. As árvores eram enormes, os pássaros, coloridos e borboletas dançavam pelo ar. À noite, algo chamou sua atenção. "Mãe, o que são aquelas luzinhas no céu?" — perguntou, intrigada.
"São vagalumes, Claudette! Não é lindo?" — respondeu sua mãe, com um sorriso, enquanto abraçava a filha.
Os dias foram passando, e tudo era tão novo que, às vezes, Claudette sentia saudade de casa. Mas ela era curiosa! Então, em uma de suas muitas trilhas pela natureza, ela se apaixonou ainda mais pela floresta e pelos animais. E, na praia, ela descobriu que adorava o mar e sua maior diversão era acordar cedo para procurar conchinhas na areia.
Logo, ela começou a fazer amigos. "Oi, meu nome é Claudette, sou nova aqui. Você quer brincar comigo?" — disse ela, com um sorriso tímido, ao encontrar uma menina de sua idade na praia. A menina respondeu: "Claro! Eu sou a Sofia. Vem, vou te mostrar as conchinhas que eu encontrei."
Claudette queria conhecer cada vez mais o novo mundo ao seu redor. E foi isso que ela fez! Explorou muito e, com o tempo, começou a se sentir cada vez mais em casa. Anos depois, durante um jantar em família, enquanto comia o delicioso macarrão que sua mãe preparou, Claudette olhou ao redor e percebeu que o Brasil já não era tão estranho. "Mãe, acho que agora entendo o que o papai quis dizer. O Brasil é diferente, mas eu gosto daqui." disse, com um sorriso sincero.
Mas ela ainda tinha muitos sonhos. "A escola está acabando, e eu já sei o que vou fazer: vou estudar biologia! Vou entender como tudo funciona, desde as plantas até os animais. E sabe o que mais? Quero entrar em um coral e cantar!" — disse ela, com os olhos brilhando de empolgação. Ela adorava a ideia de compartilhar as músicas que sempre fizeram parte da sua vida, enquanto se dedicava a desvendar os mistérios da natureza ao seu redor.
E assim, Claudette, a menina que veio do Egito, transformou sua vida no Brasil em uma jornada cheia de amor, amizades e descobertas, mostrando que os desafios podem se tornar as maiores aventuras de nossas vidas.
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