quarta-feira, 29 de julho de 2015
A história de Tereza da Luz
Era uma vez... As histórias sempre começam assim, e essa é a história de uma garotinha, linda, morena e mestiça que se chamava Tereza da Luz, porque sua mãe dizia que Tereza, quando nasceu “iluminou a sua vida”!
Tereza da Luz cresceu em um sítio em Ponte Nova, nas Minas Gerais, numa casinha branca, bem simples, ela, seu pai e sua mãe e nove irmãos. Na varanda grande, à tardinha, a família se reunia com os vizinhos e amigos, para conversar, em volta do bolo ainda quentinho. Era um sítio de bom tamanho, com horta, pomar, lavoura de cana, e cavalos, porcos, galinhas, gatos e cachorros.O pai de Tereza, Sebastião. A mãe, Filomena. E era a mãe que lhe comprava as bonequinhas de papelão, mas Tereza preferia brincar com o irmão, Raimundo, no balanço que eles mesmo penduravam. E tinham as brincadeiras com as amigas, as bonecas, a roda, o pula-pula, o quadradinho... Ela era muito querida e seus irmãos chegavam até a sentir uma pontinha de ciúmes!
Tereza da Luz também gostava de passeios, que eram muitos, às cidades vizinhas, Urucainã, Grama e Rio Casca. Dona Filomena , muito caprichosa, vestia a pequena Tereza como uma princesinha: vestido engomado, sapatinhos muito limpos, com laços cor-de-rosa e a trança do cabelo, penteado com muita ternura.
Tereza da Luz adorava a escola, e toda tarde sua mãe a acompanhava até as aulas. A menina, entre mimada e preguiçosa, quantas e quantas vezes não pediu para a mãe carregar sua maletinha, ouvindo sempre a mesma resposta, firme: ”nada disso, você é que tem que carregar as suas coisas”!
À noite, a família rezava antes de dormir, agradecendo a Deus por tudo e pedindo amparo e proteção.O dia começava bem cedo no sítio da casinha branca, o café farto, bolo, pão, mandioca frita, o queijo fresco.
Mas quando Tereza fez 11 anos, D. Filomena, na esperança de proporcionar um futuro melhor para a filha, a mandou para São Paulo, cidade grande, para estudar e trabalhar.Mas não foi isso que aconteceu: ela mais trabalhou que estudou, e sofreu, foi de uma casa para outra, chegou até a fugir até que encontrou uma casa e uma patroa e uma nova família. A patroa se chamava Juliana, o patrão Dr. Donato, médico, e, de novo Tereza da Luz teve um lar. Os anos passaram, Tereza da Luz sempre trabalhando, até que a idade e a necessidade de ter uma boa qualidade de vida a levaram até aqui (D. Pedro), onde Tereza fez muitos amigos e faz exercícios físicos, trabalhos manuais, sempre ativa.E tem as visitas frequentes de seu irmão Afonso e da família.
Tereza da Luz que quando menina foi uma princesinha, hoje foi coroada Rainha! A casinha branca, no sítio, em Ponte Nova, continua lá e Tereza da Luz tem a esperança de um dia voltar para reviver suas lembranças, sua história de “era uma vez”!
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