Sheila Cristina sempre foi uma menina cheia de imaginação e brilho nos olhos. Desde pequena, lá no bairro onde nasceu, ela adorava criar histórias e fazer shows para quem quisesse ver. “Ah, eu era a rainha dos shows!” — ela dizia, com um grande sorriso, ajeitando seus óculos de sol gigantes. Suas joias, sempre coloridas de azul e verde, balançavam com seus gestos, como se dançassem junto com suas lembranças.
Quando tinha uns 8 anos, Sheila e seus amigos inventaram uma peça em que ela era a capitã de um navio pirata! Usava uma bandana de bolinhas azuis e, claro, tinha um tapa-olho feito de papelão. Com uma espada de madeira na mão, Sheila comandava a "tripulação", que na verdade eram seus amigos do bairro. “Marujos! Vamos buscar o tesouro!” — gritava ela, enquanto corria pelo quintal, pulando de uma pedra para outra como se fossem ilhas misteriosas. Em certo momento, o "tesouro" era uma caixa de biscoitos que a mãe dela tinha escondido, mas isso só deixava tudo mais divertido.
Nos dias de sol, Sheila se transformava em sua outra faceta, que interpretava linda e de forma super engraçada os cantores que tanto amava na época. Ela usava um lençol branco como adereço de palco e um colar enorme cheio de pedrinhas verdes,
que dizia serem seu charme. No palco improvisado, ela cantava músicas antigas que aprendia com a avó, e o público, que na maioria das vezes era feito de seus pais e vizinhos, aplaudia como se estivessem em um grande show, ela cantava com uma voz forte e doce. E quando terminava, sempre jogava beijinhos para os espectadores, como uma verdadeira estrela!
Além disso, Sheila adorava inventar desafios musicais com os amigos. Numa tarde, ela decidiu que todos fariam um duelo de cantoria. Cada um tinha que escolher uma música antiga e cantá-la o mais alto possível. Quando foi a vez dela, Sheila subiu numa caixa de madeira e, com as mãos na cintura e uma tiara de flores na cabeça, começou a cantar uma daquelas músicas de rádio antigas, cheia de emoção! Os amigos riam, batiam palmas e até os passarinhos no céu pareciam estar ouvindo.
Hoje, mesmo com os cabelos mais brancos do que loiros e já com uma idade cheia de histórias, Sheila ainda gosta de lembrar dessas aventuras. “Ah, que saudade de ser pirata e sereia ao mesmo tempo!” — diz ela, rindo. Agora, ela não precisa mais de um palco de quermesse, porque as memórias dessas brincadeiras sempre a fazem sorrir. E, claro, mesmo sem o lençol brilhante e a espada de madeira, Sheila ainda é uma estrela, brilhando sempre com suas joias azuis e verdes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário